Platônico

segunda-feira, 24 de outubro de 2011 0 comentários


Engraçado. 
Acho que é assim que surge o amor: do nada, quando menos esperamos e surpreendentemente, por quem menos esperamos. De uma forma sutil, você se encontra completamente - e ridiculamente - arrematada pelos olhos, caminhar ou voz de alguém na hora mais improvável da sua vida. Uma atração passageira, talvez, mas tão forte que faz com que você tente encontrar a pessoa em qualquer lugar possível. É uma necessidade, que cresce a cada momento em que você percebe que está se distanciando. Ok, isto é ridículo. E aí você se pega pensando a todo momento o quanto você foi e está sendo estúpida, mas ao mesmo tempo, continua querendo que aquilo se concretize, mesmo sabendo que está longe de ser real. Muito longe.
E aos poucos a imagem da pessoa vai sumindo da sua mente, até você confundir os traços, até que as lembranças se embaralhem. Mas você não quer, você simplesmente não pode, porque é esta força que está te dominando agora. A força de tentar encontrar exatamente isto que vai te satisfazer.
Você apenas quer voltar no tempo, porque é a única maneira de encontrá-lo. Portanto, eu desisto, aqui, agora, porque não há mais nada que eu possa tentar fazer.

Quem sabe um dia, enquanto leio um livro no metrô e você segue sua vida, sem lembrarmos mais dos nossos rostos.

Eu sei que nunca mais vou ter você por perto, que nunca mais vou escutar a sua voz.
Mas eu ainda posso te ver quando fecho os olhos. 

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