Forçado

domingo, 6 de novembro de 2011 0 comentários

No ano passado, quando eu ia em eventos escolares a única coisa que eu me perguntava era: ele vai estar lá?
Eu sempre me sentia completa com a presença dele; era como se eu estivesse acompanhada e protegida, mesmo que de longe, mesmo que nós não nos falássemos. Era uma sensação tão diferente e bonita que nem ao menos eu sei explicar.
Hoje não foi assim. Nem sequer lembrei da sua existência. E eu poderia pensar: ótimo, minha felicidade não é mais dependente. Mas algo estava estranho e era além da falta que minhas amigas fazem quando não estão por perto. Era algo que eu já conhecia - que eu conheço. Quando você está em um lugar cheio de pessoas, de rostos conhecidos, mas sente um vazio. Sente falta de alguém em especial. Não para conversar, trocar segredos, mas aquela pessoa que você olha e pensa mil coisas; que faz você se sentir tão boba e feliz ao mesmo tempo.
Eu sei que parece que foi rápido demais. Eu confesso, eu forcei. Eu forcei porque eu precisava, eu não conseguia tirar o cretino da mente, apesar de tudo, apesar de todas as palavras e fatos que ocorreram. É como se uma parte da minha mente estivesse falha, como se eu me recusasse a reconhecer o tempo perdido. Repito: eu forcei isto. Eu queria gostar de outra pessoa pra poder esquecê-lo. Acho que consegui. 
Eu lembro de quando eu passava pelo cretino e dizia: “Ele precisa fazer fazer uma plástica. Essa boca de peixe me dá nojo.” Alguns meses depois eu tive que retirar minha frase. E é assim, eu sempre começo a criar sentimentos pelas pessoas mais improváveis, pelas quais eu jamais imaginaria sentir algo.
Eu nem sei ao certo o que eu sinto, mas sei que quando seus olhos procuram uma pessoa apenas para saber onde ela está, você se importa. E quando você se importa, isso tem um significado. 
Estou começando a avançar o sinal, estou começando a correr os mesmos riscos.

Eu estou mergulhando, mesmo sabendo que vou me afogar.

- escrito no meu tumblr em 04.03.2011 ÀS 18:49

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